Acomodação e Assimilação

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Acomodação e assimilação são os conceitos básicos dos fundamentos gerais do conceito de desenvolvimento de Piaget. O conhecimento é um processo, não um acúmulo de informações, é uma reorganização progressiva e construção individual. Uma criança com suas habilidades prematuras começa a explorar seu mundo (por meio dos esquemas iniciais) por meio dos sentidos. A assimilação e a acomodação são instrumentos de conhecimento, ou seja, estruturas de inteligência que permitem a organização progressiva do conhecimento.

A assimilação e a acomodação

Para Piaget, adaptação é um processo pelo qual o organismo se transforma em dependência do meio ambiente, e quando essa transformação aumenta o intercâmbio entre eles, o que é benéfico para o organismo.

Para explicar esse processo de troca entre um organismo e seu ambiente, sendo essencialmente uma adaptação, Piaget utiliza vários conceitos que estão diretamente relacionados à biologia, como os invariantes funcionais.

Esses invariantes funcionais são os processos responsáveis ​​pelos mecanismos dessa troca entre o organismo e o meio ambiente, ou melhor, pelo funcionamento e gestão entre o organismo e o meio ambiente.

Os mecanismos chamados invariantes funcionais que definem a interação adaptativa do sujeito com o ambiente são a assimilação e a acomodação.

A acomodação é uma atividade pela qual os padrões de ação e pensamento são modificados em contato com um objeto. Pode ser espontâneo se for um padrão reflexo ou automatizado, ou pode ser voluntário, direcionado e refletido.

São as transformações que o ambiente e os objetos impõem aos exercícios dos padrões iniciais do sujeito, ou seja, as transformações que o sujeito é influenciado pelo ambiente e pelos eventos. Ao contrário da assimilação, onde os esquemas não são modificados, na acomodação o esquema original é transformado de acordo com os novos objetos e o próprio ambiente. Assimilação é a inclusão de elementos do ambiente nos padrões do sujeito e sua ação sobre os objetos e o mundo. Consiste em integrar objetos a estruturas anteriores, ou seja, incorporar informações ao próprio sujeito.

Quando ocorre a assimilação, não há mudança no sujeito, ou seja, o sujeito não muda suas estruturas diante da nova realidade. É uma integração de novos objetos, mas no que já existe, sem modificar as estruturas anteriores, chamadas esquemas. No caso de hospedagem, já houve mudança nos programas da entidade. Para que a adaptação e o desenvolvimento ocorram, deve haver um equilíbrio entre esses dois processos: assimilação, que se traduz em estabilidade e continuidade, e acomodação, que se traduz em novidade e mudança.

 

Se adotamos sempre  a mesma forma de analisar os fenômenos, não há desenvolvimento, mas uma forma de interpretar a realidade. Se, por exemplo, apenas a assimilação fosse dominada, não haveria espaço para adaptação. Um exemplo de acomodação: uma criança usa um esquema de palavras introdutórias para chamar a atenção (choro), mas modifica esse padrão para que o adulto perceba que nem sempre quer dizer o mesmo. Se a criança não tem novos estímulos externos, ela não se desenvolve.

Um exemplo de assimilação:

há um padrão inicial de agarramento, mas um indivíduo não agarra todos os objetos da mesma maneira, pois sofreria algum colapso. Assim, ajustamos o esquema inicial de acordo com as características de cada objeto. Se todos os objetos fossem segurados da mesma maneira, poder-se-ia dizer que não houve um comportamento adaptado, caso em que seria apenas assimilação, não acomodação. A assimilação e acomodação como comportamentos adaptativos correspondem à assimilação de objetos por esquemas e à adaptação de esquemas a objetos.

Esquemas são estruturas ou unidades em um conjunto organizado, cada um dos quais tem uma função específica e pode ser prático (agarrar, morder) ou representativo (linguagem). Os esquemas são basicamente padrões de assimilação, inclusão da realidade, mas esses esquemas nunca se realizam na sua forma pura, porque são o resultado de diferenciações sucessivas, porque se transformam porque se adaptam uns aos outros. Os primeiros esquemas dizem respeito à atividade reflexiva da criança.

 

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